quinta-feira, julho 17, 2014

Prefeito de Gurinhém é processado

No Município de Gurinhém, Agreste paraibano, o MPPB ajuizou uma ação civil pública por improbidade administrativa contra o atual prefeito, Tarcísio Saulo de Paiva, contra a atual secretária de Saúde do município, Ana Caroline Araújo Pinheiro, e contra a fisioterapeuta contratada Adriana Pires Leite de Carvalho.

Atendendo ao pedido da promotoria, a Justiça ainda determinou que o prefeito exonerasse os ocupantes de cargos comissionados em número superior ao previsto em lei municipal, sob pena de multa diária. A sentença também determinou medidas que devem ser tomadas em relação à prática de nepotismo e à retaliação contra servidor, que foram praticadas pelo município.

O MP constatou que, até dezembro do ano passado, a prefeitura já havia feito 90 nomeações ilegais (sendo 35 de cargos comissionados e 55 para o cargo de assessor). Por isso foi ajuizada, no último dia 5 de maio, a ação civil pública com pedido de antecipação de tutela contra o município requerendo a exoneração e a rescisão dos contratos das pessoas que foram nomeadas ilegalmente.

Conforme explicou a promotora, a lei municipal 229/97 prevê somente 94 cargos comissionados e 35 cargos de assessor. “Ocorre que, desde abril de 2013, a edilidade já vinha fazendo nomeações em número superior, extrapolando o limite máximo. Frise-se que, em dezembro de 2013, eram, segundo informações do Sagres, 129 cargos comissionados nomeados e 90 assessores nomeados”, detalhou.

NEPOTISMO
A decisão judicial também determinou que o município de Gurinhém rescindisse o contrato com a fisioterapeuta Adriana Pires Leite de Carvalho, irmã da secretária-adjunta da saúde do município, Jacqueline Pires, uma vez que ficou demonstrada a prática de nepotismo e de diferenciação salarial. Enquanto a outra fisioterapeuta do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) recebia salário de R$ 1.200,00, Adriana Pires recebia R$ 2.330,00 para trabalhar a mesma carga horária.

USO INDEVIDO DO FUNDO EM JACARAÚ
Em Jacaraú, o promotor de Justiça Marinho Mendes registrou duas ações de improbidade. Uma relativa à contratação de servidores temporários sem vínculo com o município e violação de regras de uso dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef); e outra de irregularidades na gestão dos recursos destinados à aquisição de combustível e pagamento de despesas de gratificação aos servidores com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

MASSARANDUBA
Por sua vez, o promotor de Justiça Antônio Barroso Pontes Neto ajuizou uma ação apontando irregularidades na execução de convênio entre a Secretaria de Estado da Saúde, representada pelo secretário Waldson Souza, e a prefeita de Massaranduba, Joana D'Arc Mendonça Coutinho. As assessorias jurídicas do secretário e da prefeitura disseram que ainda não foram notificadas pela Justiça para fazer a defesa.

Com a atuação do promotor de Justiça Elmar Thiago Pereira de Alencar na Promotoria de Justiça de Piancó, foram registradas duas ações: realização de despesas sem licitação, retenção e não recolhimento de ISS e de contribuições previdenciárias; e outra de despesas previdenciárias não comprovadas, ausências injustificadas às sessões legislativas, liberação de verba pública sem a estrita observância da norma pertinente.